domingo, 4 de julho de 2010

Liberdade da mulher, Mulher Melancia (e outras frutas) e Machismo.

Mulher é um ser persistente. Sempre querendo mais.. e pra quê isso, não é mesmo? Afinal, mulheres só servem para sexo, procriação, ou até mesmo deveres do lar.
A fala anterior é retrógrada, preconceituosa, machista e ilustra bem o pensamento de umas décadas/séculos atrás. Mas uma coisa é certa: esse machismo existente nas épocas passadas persiste nos dias de hoje, mesmo que encoberto.
Mulheres, por serem persistentes, foram então atrás dos seus direitos. Fizeram passeatas, manifestações, e tudo um pouco, até que aos poucos foram conseguindo o que queriam. O que queriam, afinal?
Igualdade, é tudo que queriam e ainda querem. E então temos: Hoje elas podem trabalhar, divorciar, votar, entre outros. E também podem pegar tudo o que as feministas de tempos passados, 'Emma Goldman' s que lutaram e sofreram tentando melhorar alguma coisa, e jogar no poço do esquecimento, preferindo ser somente um objeto sexual que homem usa quando quer.
Antes que começem os comentários, não estou dizendo que todos os homens fazem isso, e nem dizendo que o ato sexual é uma forma de usar. Mas tornar essa imagem de 'gostosa' como o padrão ideal, como o belo, como uma aspiração, sim. Isso é usar, isso é transformar a mulher num fantoche, que não tem cérebro, e sim uma vulva.
Mulheres-Melancia que aparecem para se mostrar, rebolar, ou fazer qualquer insinuação de sexo; Propaganda de desodorante que aparece mulher como um dos objetos preferidos dos homens; Mulheres burras, incapazes de discutir e enfrentar o homem sempre forte.
Se não é machismo, qual é a necessidade então de usar a mulher em propagandas, filmes, programas, músicas , etc... com essa imagem? E o pior: Por que nós mulheres estamos deixando?
Esse post é só um pedido para as mulheres/garotas. Pedido para mais respeito consigo mesmas, mais valorização, afinal essas mulheres de tempos passados não lutaram em vão. Então pensem antes de montarem uma imagem de 'gostosa', ou da menina que tira foto com um decote gigante; afinal nós somos mais que isso.

6 comentários:

  1. Adoro feministas. Adoro mulheres inteligentes. Adoro Simone de Beauvoir. Bom post.

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  2. "Adoro feministas. Adoro mulheres inteligentes."2
    E odeio mulheres ignorantes! São incapazes de ver que no Brasil são machistas desde que nascem!
    E eu quero que cale a boca de todas a mulheres que forem contra os seus 5 anos a menos de contribuição!
    E olha que cômico, nunca vi nenhuma revolta por isso!
    Há de ter diferenciação entre privilégio e machismo. E tenho dito.
    Outro coisa é essas mulheres frutas, da vida, como vocês chamam, que se baseiam no epicurismo, totalmente diferente de ser machista. Uma vez que assumem a sociedade que vivem e disfrutam dela. hehe...

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  3. é, acontece que na onda epicurista, hedonista, a única fonte de prazer não é a mulher. E quando eu falo do machismo relacionado a elas, é quando adotam a mulher somente para esse fim. Ígor, isso é machismo, e eu entendo que sendo homem pode ser até mais difícil de se admitir, mas é a verdade. Mulheres não são só sexo.

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  4. Vão me desculpar, mas isso vai muito além do sexo.
    É questão de ética, e ações individuais.
    O ser humano é dotado de sentidos que aguçam o prazer, porém possui a racionalidade que o leva a fazer escolhas visando melhoria do seu projeto de vida. Caso não utiliza essa racionalidade, passa a se comportar como um animal, ignorando o fato de que seu próximo possua algo mais a oferecer que uma relação sexual, ou seja. Tanto homens quanto mulheres tem se comportado dessa forma. O que há na sociedade hoje é uma queda de valores humanos, e a super-valorização do estético. Associando as duas coisas, temos uma explosão de sensualidade nos veículos de mídia, onde a mulher tem sido alvo principal (com isso eu concordo)porém acho que cabe também a mulher se posicionar contra tais atitudes que ferem o orgulho feminino.

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  5. Com certeza, concordo com você, toda a sociedade está passando por quedas de valores. E como disse, a mulher tem que dar o seu valor não sendo conivente com essa transformação do sexo feminino em um objeto.

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