Sim, mais uma vez a feminista mór vem até vocês para opinar e palpitar uma possível solução para o problema.
Bem, é certo que em algumas culturas a mulher tem bem menos direitos que os homens, é subjulgada, e essa subordinação chega até à mutilação, como os casos de retirada do clítoris. ( E a retirada do mesmo altera a vida da mulher tanto na forma física, quanto no bem-estar e o prazer do sexo feminino.)
Não, não é tentando ser superior, ou etnocêntrica, mas realmente a cultura não pode estar acima da felicidade de ninguém. E aí alguns falam: e se elas estiverem felizes?
Mas quem somos nós para falar que elas estão, e quem somos para falar que não. Mas aí está o ponto crucial da questão.
Nós não sabemos. E a nossa falta de sabedoria sobre o caso, pode gerar o comodismo das mulheres àquela situação, já que elas não poderão lutar contra.
Mais uma vez, não estou tentando obrigar ninguém à adquirir conceitos 'ocidentais'; Porém o mínimo que poderia ser feito nesses casos, é que a cultura dessas mulheres aceitassem que elas dissessem não, caso elas queiram.
Elas nunca experimentaram nada diferente, nasceram naquilo e morrerão naquilo pelo fato de serem obrigadas a se acomodar. E é justo que elas tivessem o direito da escolha.
Ter essa ótica solidária para um problema como esse é interessante, porém não pode ser feito pelo fato de que interfere em paradigmas culturais e religiosos.
ResponderExcluirÉ o mesmo que nós homens interferirmos no rito de circuncisão dos judeus.
É certo que ainda existe muita repressão para com os direitos femininos nos países do oriente médio. E é uma luta sim, que as mulheres do mundo todo podem se manifestar.
Mas quanto a culturas e crenças religiosas acho que o procedimento tomado deve ser diferente, pois desvalorizar a cultura do outro é como se sentir melhor ou mais evoluído que ele, e isso pode soar como ofensa aos costumes orientais.
Entendo que o ideal é criar uma política de conscientização que envolva a propaganda e a liberdade de expressão. A partir desse passo as coisas fluem normalmente, e as mulheres orientais têm seus direitos reconhecidos.
E nem é preciso querer ser superior ou etnocêntrica para contestar essa realidade. Uma vez que o que elas buscam é a igualdade dos sexos. E não só essas mulheres, mas principalmente, porque vivem dentro de uma cultura que as coloca num nível de submissão ao homem desumano. E diante de algum momento trágico, como por exemplo a tomada de Cabul pelo Taleban, é triste ver que a principal coisa que elas fazem é pedir ajuda de fora. Se julgam ''as esquecidas pelo mundo''. E isso se deve pela educação que elas não são permetidas a ter.
ResponderExcluirA sorte é que muitas delas não se contentam com a vida submissa ao seus maridos, família, governo, e resolvem arriscar na esperança de realizar alguma mudança.
Uma das mulheres que eu mais admiro é Ayaan H. Ali uma muçulmana que muda de seu país insatisfeita com a falta de liberdade (fugindo de um casamento forçado) e acaba sendo eleita deputada do Parlamento holandês e conhecida na Holanda devido a sua luta intensa pelos direitos da mulher muçulmana e suas críticas ao islamismo. Recomendo a sua biografia, muito boa! (Infiel). :)
Entendo sua posição, e também não concordo com tais repressões, mas cá pra nós, vemos inúmeros direitos femininos sendo ignorados todos os dias, debaixo do nosso próprio nariz, e vamos protestar logo com a retirada do clitóris das mulheres ocidentais lá do outro lado do mundo?!
ResponderExcluirJá ouviu falar da pobreza no vale do Jequitinhonha? Sabe que a todo momento meninas de 11, 12 anos são levadas por americanos como garotas de programa para o exterior?, são "compradas" (se é que pode-se dizer assim) de suas famílias que pela pobreza e humildade acreditam estar fazendo o melhor para as filhas e garantindo uma boa educação.
Educação essa que nos mesmos sabemos como anda no país do futebol.
Não quero menosprezar sua luta feminista, mas lembra-la que existem outras mais importantes e mais urgentes a serem travadas pelos direitos da mulher.
Eu acho que esse fato é exterior a nossa existência, já que a mesma envolve a cultura oriental, bem como a religião.
ResponderExcluirNão que não devemos fazer nada porque existe já de costume, mas que talvez, as mulheres de lá que lutem por elas mesmas, porque há muitas outras coisas para se lutar do que as atrocidades machistas do oriente, acho que é só isso...
Claro que as mulheres sofrem com outras coisas, inclusive aqui, só quis focar em um caso delas, que é essa repressão sofrida principalmente no Oriente.
ResponderExcluirExpor uma cultura não deixa seu argumento feminista mais forte, pois se abrirem os olhos essas mesmas culturas, tribos, praticam a circuncisão no meninos apos sua primeira ejaculação amarrados a uma estaca de madeira longe de sua tribo. Para provar que já um homem...
ResponderExcluircontinuo no outro post.
Ah é, desculpa, esqueci que elas tem os mesmos direitos que os homens. Direitos como ter um emprego, divorciar, dirigir, entre muuitos outros mais importantes do que esses. E aé, e que elas não são mortas quando traem, nem espancadas (...) Perdoe minha ignorância ;D
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei o debate! Maas acho legal isso, embora não concorde com algumas coisas do tipo: "Viva a mulher!"
ResponderExcluirMas axo importante a conscientização de nós jovens para a expectativa de um futuro mais humano. Afinal de contas, nós somos a próxima geração e já acredito na mudança de muitos conceitos que até então, eram tratados como dogmas perante a sociedade. História é isso... História é mudança, é evolução, aliás História não é estória, é realidade!
A questão é que estamos evoluindo, é o curso natural de todas as coisas. Pow, os índios andavam nus, os homens descançavam e as mulheres trabalhavam! Hoje nos parece absurdo, mas com cultura não se discute, caralho!
Acho que o que nos resta fazer é trabalhar para que deixemos uma "cultura" menos iracional e mais humanitária para os nossos filhos. O legal mesmo, seria pegar o melhor de cada geração. Se pudesse formar a geração dos meus filhos, ela seria composta do almoço de domingo em família com frango e macarrão, resgataria os pedidos de namoro aos pais, mas em compensação faria pais menos moralistas. Regataria também o respeito e a autoridade dos pais para com seus filhos. E isso vale para homens, mulheres, travestis, hermafroditas. Não importa o sexo, todos somos iguais. Na nossa cultura a mulher é desvalorizada, verdade! Mas pode ser que os livros de história daqui a 1000 anos narrem outros acontecimentos. Talvez aconteça uma transformação no mundo onde a a mulher se torne uma espécie de deusa e nós homens, seremos apenas seus súditos e objetos sexuais. Se bem que pelo andar da carruagem nem para satisfazer as mulheres serviremos mais, ne?! Vai saber! Enfim, tá de parabéns, Maria Tereza. Já ouvi falar de vc! ;D
Adorei o comentário, Júnior.
ResponderExcluirObrigada, e espero que tenha ouvido a verdade, at least.
"A concepção de violência é variável conforme as diferentes culturas e tradições. Mais uma vez surje a tona um caso em que "pela modernidade e evolução humana" é proibido e considerado crime uma tradição milenar pertencente a uma identidade cultural de um povo. Antes de ser um ato de violência, deve ser considerado a bagagem histórica por trás disso tudo: a circuncizão tem toda uma concepcção teórica tradicional por trás, que o povo que a executa acredita e se identifica a mais de mil anos!"
ResponderExcluirPalavras ditas pelo "fe arandu" 13/12/2001 13:55!
Bem peguei este post da mídia independente CMI Brasil para mostras algumas coisas:
Antes que alguém fale:
-Ele pegou a fala de alguém e colou aqui! que idiota...
Sim eu fiz isso mais todos nós fazemos isso o tempo todo, pegamos idéias alheias e juntamos com o conhecimento que já temos e formamos opiniões!
Bem eu queria mostras que não se pode ver por olhos "Ocidentais e Contemporâneos" uma cultura diferente da sua.
Concordo que para muitos de nos estes atos são completamente absurdos e até desumanos.
Mas até que ponto podemos interferir na cultura dos outros?
Por exemplo um pai que leva o seu filho a seguir sua religião, a criança deveria ter o direito de escolha assim como as mulheres de la, e porque nos não achamos isso absurdo?
Não seria a mesma coisa?
Isso de certa forma é uma violência contra o direito de escolha de cada um!
Bem muitos vão dizer:
-Assim que ele estiver mais maduro ele poderá escolher outros caminhos.
Bem mais não é bem assim...70% do que aprendemos quando somos crianças levamos para a vida adulta, diz o neurologista Emilio Fernandez Alvarez(Li isso uma vez quando estava estudando um pouco sobre psicologia.Não me lembro bem aonde mas eu lembro do Emilio Fernandez pois depois eu li algo mais sobre ele).
Não acho que lutar contra uma cultura milenar deveria entrar em discursos feministas,mas sim olhar para o nosso arredor e percebermos que não fazemos bem o básico que para mudar a suas realidades(bem estou me deixando de fora pois sou homem).
Lutem primeiro pelo seus espaço.Melhor do que uma ação seria um exemplo!
Se hoje vocês podem votar não foi porque alguém veio aqui e deu pitaco,mas porque vimos os outros exemplos e achamos que "direitos iguais" seria o mais certo!
(Bem eu não sou muito bom para escrever até tomei recuperação em redação então desculpem-me os erros de concordância,repetição de palavras e erros ortográficos).
Aprendemos mais com o opiniões diferentes do que com pensamentos iguais!
Não estou dizendo que estou certo ou não só estou mostrando o meu ponto de vista.
Gostei muito da iniciativa do blog!
Gostei muito da postagem, não porque é feminista, tão pouco pela defesa do clitóris..ta bem por isso também..mas porque a acomodação é uma coisa que me incomoda bastante nas pessoas..e quando tu lancha a idéia da acomodação em relação a cultura e tudo mais, explica muita coisa se analisarmos as relações humanas...mas como é difícil conscientizar esses comuns de que mais importante do que criticar e julgar seus semelhantes, é movimentar-se e ajudar quem precisa e merece, assim como mostra pra quem não merece que este pode se ajudar se quiser.
ResponderExcluirMuito prazer gurias, não conheço vocês, mas achei o blog show de bola!